10.09.2017

Beijam-se e batem uma na outra: são irmãs.

Era expectável. Tenho conhecidas cujos filhos não se batem, mas cá em casa acontece, de forma bastante regular até, mesmo elas não tendo como imitar esse comportamento dos pais (não lhes batemos). 

Alguém anda com a mão demasiado leve foi um dos posts que escrevi sobre o facto da Isabel, já há ano e meio, e que ajuda a que não se sintam sozinhas, caso os vossos filhos estejam a passar por esta fase.

Na altura fez-me bem ler este texto do blogue Parentalidade com Apego para perceber até as razões fisiológicas para o ato de bater. Adorei a questão da "tampa" no cérebro, o modelo cérebro-mão e de relembrar (como eu adorava as aulas de psicologia do 12º ano!) o córtex e o sistema límbico. A questão do desenvolvimento dos sentimentos mistos é super, super interessante. 
"Só a partir dos cinco anos de idade é que córtex cerebral começa a desenvolver-se o suficiente para que a criança comece a ser capaz de sentir estas duas coisas opostas e aparentemente contraditórias ao mesmo tempo: detesto-te neste momento mas sei que gosto muito de ti e não te quero magoar. Então tudo que precisamos de fazer é dar-lhes tempo para chegarem até aqui", pode ler-se.

Portanto, as duas pegam-se - principalmente em momentos em que têm de partilhar - e eu tento explicar-lhes que não se faz e que as mãos são boas para desenhar, para fazer festinhas, para bater palmas, etc, etc. É fácil? Nada fácil. Mas faz parte. O importante é não reagir por impulso e dar uma lamparina a cada uma. Às vezes apetece? Apetece, não vou negar! Só que é uma forma preguiçosa de responder e eu acredito na disciplina positiva! Ensinar que não se bate a bater? Ensinar que o mais forte pode bater no mais fraco? Não, zero sentido, não posso concordar. 

O que fazer? Esperar que ambas superem esta fase, com respeito por elas.

A seguir a este episódio deram festinhas uma à outra e andaram de carro de mãos dadas. Beijam-se e batem uma na outra? São irmãs.











Saias, camisola e body de golinha - Catavento

Colcha - Snug me


 

 
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8 comentários:

  1. Os meus também andam à batatada regularmente. Têm 5 e 6 anos, adoram—se mas isso não os impede de andarem às lutas e pontapés. Nós não lhes batemos (pelo menos não dou uma palmada no rabo há uns 3 ou 4 anos) mas aquilo para eles parece instintivo.
    Este ano, com a entrada da mais velha na primária, confrontei—me com uma nova realidade, a altura do recreio com dezenas e dezenas de miúdos ao mesmo tempo, alguns mais velhos, uma confusão. E sabes o que lhe disse? Não quero que sejas tu a causar confusão, se houver algum problema fala com as funcionárias. Mas se algum menino ou menina te bater, tu respondes igual. E se te derem um pontapé, tu dás dois. Tens de te defender.
    Na semana passada aconteceu uma coisa do género, um miúdo deu—lhe um pontapé, ela respondeu com outro e depois disse—me que pediram desculpa e voltaram a ser amigos. E eu pensei, ainda bem que foste treinando os golpes com o mano..

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    1. Fez-me lembrar de quando eu era pequenina. Tenho 29 anos, vivia numa aldeia e na altura os miúdos brincavam todos na rua, uns com os outros, independentemente das idades.Eu era a mais pequenina da rua, então "batia"dos mais velhos na brincadeira (devia ter 2/3 anos e os mais velhos mais de 10, portanto era mesmo na brincadeira). Quando entrei para o jardim de infância a minha mãe avisou-me, agora vais para a escola e não podes bater nos meninos. Havia uma miúda da minha idade que todos os dias me mordia e batia. Até que a minha mãe começou a ver que era todos os dias e perguntou-me se eu não me defendia, a minha resposta "a mãe disse para não bater". Ao que a minha mãe me respondeu "disse-te para não começares, mas se te baterem, defendes-te". Foi remédio santo! A partir desse dia a outra só me bateu uma vez, e a seguir levou troco. Nunca mais me bateu, nem mordeu!

      Sofia

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  2. Por aqui o mesmo cenário!
    A Heidi e a Alice (4 e 2 anos) adoram-se,beijam-se e abraçam-se vezes sem conta,e,volta e meia lá vem um empurrãozito ou uma palmada ��.
    Com 2 anos a mais velha nunca tinha batido em ninguém,e começaram assim entre elas desde que brincam juntas☺
    Faz parte...��

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  3. Tenho duas filhas, de 3 anos e 10meses. Gostam muito uma da outra, a mais velha dá muitos beijinhos e festinhas e da lhe a não.. Mas a bebé gatinha atrás dela mexe em todos os brinquedos, a mais velha fica possuída!
    E é o que mais me custa, vê lá empurra la a gritar ou a bater lhe! E a bebé chora desalmadamente.
    É tudo normal mas custa me horrores a mais velha bater na irmã!
    Mas quando as vou buscar a creche e se encontram ao final do dia é uma emoção! A bebé grita e esperemos de alegria e a mais velha agarra a e da lhe muitos beijinhos! Isto até chegar a casa... :p

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  4. Olá Joana! Onde comprou essas almofadas tão giras? Obrigada :)

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  5. A minha ainda não tem companhia para bater, mas lá chegaremos, imagino! As miúdas são girissimas! E adoro as cores do quarto e as almofadas! Parabéns!!!

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  6. Sim! O JM com quase 4 anda sempre a arrear no irmão, AM quase 2! No minuto a seguir andam abraçados e ele diz meu maninho, é tão querido, sou muito teu amigo (baba)!
    O normal :) eu tenha uma irmã com 13 meses de diferença (mais nova) e éramos cão e gato a maior parte do tempo!
    Também não lhes batemos logo não tem esse exemplo em casa, acho que é mesmo instintivo!

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  7. Por exemplo estas fotografias estão o máximo! Sem aqueles filtros todos. De uma naturalidade desconcertante.
    Quanto ao bater....epa são gajas 😃😃😃 são irmãs 😊 faz parte.
    Eu tenho um casal e amam-se, nunca bateram um no outro, com as mesmas idades das tuas. Creio que quando é uma menina e um menino são mais protectores e afetuosos do que quando são do mesmo sexo. Será?

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