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11.05.2017

Tenho pena das crianças que não vão à rua (e dos pais delas).

Andamos a negligenciar isto. Às vezes por opção, na maior parte das vezes sem possibilidade de escolha. As crianças passam menos tempo ao ar livre na rua do que um recluso. Isto devia fazer-nos pensar. Aceitamos, sem muito a fazer, já que o tempo não estica entre o corridinho trabalho-casa, que a rua fique reservada para o fim-de-semana (e às vezes só quando não chove...). Aceitamos que, nas escolas, isso não seja uma prioridade. As crianças vêem a luz da rua no trajecto casa-escola e na maior parte das vezes dentro de um carro ou de um transporte público. Achamos normal que, em muitas creches, os miúdos não vão à rua antes de terem 2 anos, com a desculpa de que nem todos andam pelo próprio pé ou de que "alguns pais não querem, porque podem constipar-se (what?!)".


Às vezes, num país ainda por cima, com um clima convidativo, há escolas em que os miúdos só saem à rua, ao recreio, lá para o fim da primavera. Continuamos a sacudir a água do capote, a achar que é um problema menor, quando todos os estudos indicam que é muitíssimo importante! E É PRECISAMENTE O CONTRÁRIO! "A brincadeira no exterior, nomeadamente em contacto com a natureza, tem implicações ao nível de neurotransmissores como a serotonina. “As emoções positivas que advêm de brincar nestas condições estimulam até o sistema imunitário, em vez de o enfraquecer como muitos pensam”, afirma, explicando que “a serotonina está associada a este brincar no exterior, sujar e desorganizar a arrumação da vida certinha e limpinha” ", como explica Helena Águeda Marujo neste artigo do Observador.
Segundo um estudo feito na Universidade de Bristol, no Reino Unido, brincar na natureza tem efeitos benéficos uma vez que uma bactéria presente na terra (a Mycobacterium vaccae) ajuda a ativar a serotonina , contribuindo para a regulação do humor, sono e apetite.


Sem contar com o facto de cerca de metade dos portugueses ter falta de vitamina D, "essencial ao desenvolvimento dos ossos e dentes, mas que também ajuda na melhoria do humor e consequente diminuição da depressão."

Sem contar que a luz do dia é fundamental para o ritmo cicardiano, que, por sua vez, influencia todos os ritmos fisiológicos do corpo humano, a digestão, o crescimento, o sono, a renovação de células, etc, etc, etc. Se há problemas a nível do sono, é possível que uma das causas seja a privação de luz da rua (e esta?). "Para que tenhamos reservas satisfatórias de melatonina durante a noite, temos que aumentar a nossa exposição à luz durante o dia. Uma caminhada de uma hora ao sol da manhã, por exemplo, já garante um bom índice de produção de melatonina durante a noite, a luz controla tanto o desencadear do sinal como sua duração. (POVOA, 1996) in "Luz, sono e saúde", de Sílvia Maria Carneiro de Campos - artigo completo aqui.


Sem falar no sedentarismo, da ligação clara entre o estar activo na rua e o estar concentrado dentro da sala (um potencia o outro), da importância do exercício físico e motor e da coordenação para o desenvolvimento neurológico, para a autoestima e para a autoregulação. E também para a autonomia, para a mobilidade, para a felicidade.

Por todas estas razões, tenho pena das crianças que não vão à rua. E dos pais delas que, muitas vezes, não têm outra hipótese e que transportam esse peso (transportei-o durante o primeiro ano da Isabel na creche, quando nem sempre dava tempo de a levar a passear durante a semana).
Lamento também pelos que não permitem que os filhos vão à rua, na hora do recreio, por receios pouco informados, na minha opinião, e que, por isso, limitam que os filhos dos outros vão [mas também não percebo por que razão não há alternativa para que uns vão com uma responsável e outros fiquem na sala, com outra].


Temos muito a aprender com a cultura nórdica. "Nos países nórdicos, que têm um clima muito mais austero, as crianças andam na rua faça chuva faça sol, faça neve. Em Portugal, cai um pingo e a criança é posta numa estrutura interior. Vou repetir: temos de aprender e ensinar as nossas crianças a serem capazes de lutar contra a adversidade e nós temos uma cultura ultra protetora, superprotetora", pode ler-se nesta entrevista interessantíssima do Observador ao professor da FMH Carlos Neto, que já partilhámos em tempos, em que se fala de estarmos a criar crianças "totós".



As minhas filhas, nesta fase das nossas vidas, têm muita rua. Vivemos no campo, temos cães, fruta para apanhar e flores para regar. Com roupas arranjadinhas ou fatos de treino, têm toda a liberdade para se sujarem. A Isabel lixou o nariz todo a brincar na rua, que assim seja, bom sinal.
Além disso, eu tenho horários privilegiados, por isso, posso levá-las ao parque depois da escola.  
Mas e se/quando deixar de ter? 
O que posso fazer para que elas não respirem ar puro só ao fim-de-semana?!
O que podemos, todos juntos, fazer em relação a isto para mudar mentalidades e exigir que o ensino veja como premente e extremamente importante a vida ao ar livre, a brincadeira ao ar livre?!

[Não são perguntas retóricas, ajudem-me a pensar. Ajudemo-nos].
















Coisinhas de que podem ter gostado:

Vestido e fofo - Bastidor Colorido
Golinha - Catavento
Carneiras - Maria Pipoca


 
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FORBES - A Mãe é que Sabe no TOP5 de blogues de família! OBRIGADA!

Há 3 anos, por estes dias, estávamos a escrever os primeiros textos daquele que viria a ser o nosso blogue, o a Mãe é que sabe. No meio de tantos blogues de família, não sabíamos bem no que iria dar, mas tínhamos sonhos. Talvez o nosso maior sonho fosse chegar a muitas pessoas e fazer a diferença, de alguma forma, na forma como se encara a maternidade. Mais do que um diário, tocar em assuntos que não víamos ser tocados em mais lado nenhum, ou não da forma que achávamos que mereciam, ou não da nossa forma. Quisemos, desde o primeiro instante, mostrar-nos como somos: felizes, infelizes, vulneráveis, fortes, despudoradas, mais ou menos românticas, parvas. Quisemos, desde o primeiro instante, falar de nós, das nossas dúvidas, das nossas certezas. Quisemos, desde o primeiro instante, comunicar. Não negamos (não negámos nunca) que, a par do puro prazer em escrever, em emocionar (e emocionarmo-nos), da necessidade em desabafar e em ter desse lado carinho e compreensão, de ajudar, da vontade de fazer rir, divertir, da vontade de debater e de informar, queríamos também deixar a nossa marca. Fazer uma marca. Criar. Sermos reconhecidas pelo nosso esforço. Sermos pagas para que pudéssemos investir neste cantinho, dar de nós, ver recompensadas as horas e os minutos que lhe dedicamos e em que podíamos estar a fazer outras coisas.

O meu maior desejo é, e sempre foi, partilhar. Emoções, ideias, descobertas. Partilhar amor. Desconstruir mitos. Crescer com a maternidade, tocar em feridas, desconstruir ideias românticas que às vezes fazem com que exijamos mais e mais da vida ou de nós e que nos fazem achar que somos más mães. Exorcizar demónios. Fazer um registo dos nossos dias, guardar memórias. Falar com humor das coisas mais corriqueiras. Falar a sério. Fazer listas parvas de coisas que observamos. Mostrar coisas de que gostamos, que compramos ou que gostaríamos de comprar, ou coisas que nos oferecem e achamos que merecem ser vistas, de marcas giras, de marcas pequenas, de marcas portuguesas, de marcas sustentáveis, de marcas grandes com as quais nos identificamos. Já fomos pagas para escrever. Já fizemos parcerias. Continuaremos a fazer. Sendo fiéis ao nosso estilo, aos nossos gostos. Já recusámos muita coisa com a qual não nos identificamos ou não consumimos ou não queremos que as nossas filhas consumam, nem aconselhamos que os vossos filhos o façam.
Já errámos, já dissemos disparates, já pedimos desculpas, já voltámos atrás, evoluímos e desejamos continuar a evoluir, como bloggers mas principalmente enquanto pessoas. Com a vossa ajuda, também. Quantas vezes já aprendi coisas com os vossos comentários ou com os vossos emails? Quantas vezes me deram coragem e força? Quantas vezes me emocionaram e fizeram chorar? Quantas vezes já corei na rua quando me abordaram e me disseram que gostam de nos ler? Quantas pessoas espectaculares já conheci à custa do a Mãe é que sabe? É impagável. Além de escrever ser altamente catártico, receber abraços em troca, perceber que de alguma forma ajudámos alguém, é a melhor sensação do mundo.

Temos responsabilidade também. Influenciamos. E não me refiro só às pessoas que começaram a fazer desporto impulsionadas por um post ou que foram fazer bolinhos de côco ontem depois da receita que sugeri nos stories do instagram. Ou que fizeram esgotar uns lápis que sugerimos ou um macacão que vesti. Influenciamos na forma como encaramos a vida, os afectos, de como gerimos as birras ou como resolvemos assuntos pessoais, que expomos aqui. É um peso enorme ler que, afastada de casa e dos amigos, somos as únicas pessoas em quem uma mãe emigrada confia. Isto tornou-se ENORME. 

E as coisas enormes às vezes também se tornam difíceis de levar ao colo. Ficam pesadas. Parecem maiores do que nós. Para o bem e para o mal, ter um projecto grande, que chega a tanta gente, é difícil. O escrutínio a que nos expomos, a dureza com que às vezes nos tratam, as palavras que nos dirigem vindas de almas a quem não conseguimos chegar e que se escudam atrás de um teclado, no anonimato, com a simples vontade de nos atacar para se sentirem superiores, sem nos conhecerem intimamente, sem saberem como estamos e de que forma algo nos pode afectar, é um jogo difícil de jogar. Já foi mais difícil, vai-se ganhando calo, criando uma capa, dizendo para nós próprias que aquilo que disseram sobre nós não nos define e diz mais de quem escreve do que de quem é alvo. É um processo. E faz parte. Assumir que nunca agradaremos a todos faz parte do crescimento. O lado positivo de ter o a Mãe é que sabe é mais forte. 

Eu, Joana Paixão Brás, e a Joana Gama, fazemos parte do Top 5 de bloggers de família mais influentes de Portugal, pela revista Forbes. Foi com uma enorme alegria e satisfação que recebemos esta notícia e este reconhecimento. Estar numa lista de bloggers, influenciadores, comunicadores tão experientes e conceituados soube-me a pato [Parabéns à Rita Ferro Alvim pelo primeiro lugar na categoria família, ela merece!]. É uma conquista que nunca imaginei ser possível em tão pouco tempo. É bom, mas bom. Deu-me vontade de sambar. É um "vale a pena", mesmo com todas as dores de parto, com todas as dúvidas e com todos os dias em que a inspiração demora a chegar.

Obrigada, Forbes.
Obrigada, Joaninha (Gama) por seres a melhor parceira [e amiga] que eu poderia ter.
Mas principalmente obrigada a vocês, que nos seguem, que nos lêem, que nos partilham, que nos motivam. 
São 3 anos muito bons. 

2018, nos aguarde.










 
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11.01.2017

Também têm uma "parceira de gravidez"?

Não sabia bem que nome dar àquela(s) amiga(s) que ficaram grávidas ao mesmo tempo do que nós e ficou assim: "parceira de gravidez".

Na gravidez da Isabel, descobri que a minha cunhada estava grávida no dia em que lhe contei! Foi muito giro! Fomos oferecer-lhe um body tamanho zero, para revelar a nossa novidade, e ela achou que a mãe dela/minha sogra já se tinha descosido toda e contado. Não, afinal estávamos as duas grávidas! A Isabel nasceu dia 16 e a Alice dia 17 de Março de 2014. Chamamos-lhes "primas gémeas". Além da cunhada, tive, claro, a Joana Gama, que conheci no grupo Mamãs de Março de 2014, de que já falámos imensas vezes.

Na gravidez da Luísa, assim que vou contar à minha amiga Catarina (7datarde), no aniversário dela e ali ainda um bocado às escondidas, ela também me contou que estava grávida! De 8 semanas ambas, aparentemente! Foi tão, mas giro! Para mim, que tinha acompanhado as outras duas gravidezes dela, poder viver uma ao mesmo tempo foi muito bom. Nasceram com menos de um mês de diferença: a Luísa e a Maria Leonor.

É bom ter uma "amiga de gravidez" porque:

- temos com quem desabafar tudinho, quando mais ninguém nos atura
- temos momentos cúmplices em que enviamos whatsapp com fotos da barriga e outras lamechices
- vamos vivendo com grande expectativa a nossa e a outra gravidez
- vamos partilhando dicas
- comparamos barrigas e estamos sempre muito mais cansadas e maiores do que a outra (eheh)
- os filhos ficam com a mesma idade e podem vir a tornar-se grandes amigos

E por aí: também têm/tiveram uma "parceira de gravidez"? Falem-me sobre isso.

The Love Project Fotografia


 
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10.30.2017

Mergulhei rosas em água e gel de banho de bebé e foi este o resultado!

Imaginem que vos desafiam a fazer um teste: colocar em dois frascos com 400 ml de água destilada e 8 ml de gel de banho para bebé – num Johnson’s Cuidado Completo banho para bebé e, no outro, outro gel de banho de bebé – e deitar duas rosas, uma em cada um dos frascos. Imaginem que vos pedem para esperar 24 horas e ver o resultado. Como ficarão as rosas? Haverá diferença de uma para outra? 

Cumpri o desafio da Johnson’s e fiquei muito, mas mesmo muito surpreendida. Aliás, todos cá em casa. Nada como verem por vocês próprias neste vídeo.






Post escrito em parceria com a agência


 
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10.29.2017

A primeira birra (de muitas) da Luísa.

Caso eles ainda não estejam nessa fase, há algo de muito assustador quando eles fazem a primeira birra a sério. É normal fazerem-no, não estão a ser mimados, não precisam de palmadas, é provável que tenham sono, ou fome, estejam frustrados, faz parte do crescimento e, apesar de não os reconhecermos naquele instante - caso até então tenham sido bebés "fáceis"-, sabemos que se irá repetir mais e mais vezes. 

Apesar de saber que esse dia ia chegar, não soube como reagir. Foi uma coisa muito "fora", como se nunca tivesse presenciado nada assim, como se fosse mãe de "primeira viagem", quando a Isabel já teve episódios semelhantes nos níveis de "descontrolo" e também nós sem sabermos bem como a ajudar, principalmente numa fase de terrores nocturnos. 

A Luísa, perante uma troca de fralda, começou a chorar. A chorar muito. A debater-se. Depois não queria vestir-se. Aquilo começou a escalar. Estava cheia de sono, mas só me apercebi naquele momento, até então não tinha dado sinais. Começou a dar luta, a espernear. Fomos para a cama para tentar que dormisse, mas já tinha ultrapassado o limiar. Tentei distraí-la, sossegá-la, dar-lhe mama, abraçá-la, retirá-la do quarto, mas já não consegui. Batia, mordia-se a ela própria, gritava e eu cheia de medo que se magoasse. Foi uma senhora birra, uma daquelas ao nível do Exorcista. Tentei acalmá-la mas aquilo só a enervava mais. Veio o David, tentar distraí-la, mas nada. Colo era sentido como um colete de forças. Ainda piorava. E ficámos os dois a olhar para ela, à espera que se cansasse. Não nos ocorreu mais nada. Sentimo-nos impotentes.

Quando ela acalmou, veio para o meu lado e pediu mama. Respirou fundo, muitas vezes. Adormeceu.

E com isto tudo veio aquela sensação de que está a crescer. E que crescer implica, muitas vezes, dor. Implica contrariedade, frustração. Para ela, para nós. Vieram-me as lágrimas aos olhos durante o episódio. Tantas vezes brinco a dizer que estou deserta que aprendam a fazer ovos mexidos de manhã para eu poder ficar a dormir mais uma hora, mas são estes momentos que me lembram de que quanto mais crescem, maiores os desafios. 

E estamos ainda tão longe da adolescência. :)
Que até lá tenhamos construído uma relação tão sólida e respeitadora que torne tudo mais fácil. Assim o espero. Para já, venham as primeiras birras. Inspirar, expirar, tentar ajudar, redireccionar, abraçar, esperar. Vai passar.  

Fotografia The Love Project



Entretanto tenho de reler este post sobre a forma como tentava lidar com as primeiras birras da Isabel:


 
 
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10.26.2017

Quando foi a última vez que cuidaram de vocês?

Quando trabalhava em televisão, e tinha menos uma filha, tinha a vida mais facilitada neste sentido. Como fazia reportagem, havia pelo menos uns 3 dias por semana em que chegava cheia de olheiras ao trabalho e meia despenteada e numa hora ficava com aquele ar de que não era nada comigo: maquilhada, penteada e com o ego mais insuflado. Aqueles minutos numa cadeira de olhos fechados entregue às mãos de quem sabe eram um mimo. Não que precise de tudo isso, sempre, para me sentir de bem com a vida (porque por fora podemos estar lindas e por dentro em cacos), mas ajuda-me. Sinto-me mais confiante e isso instala-se de alguma forma em mim e dá-me mais segurança. Gosto de ser mimada. Às vezes basta-me ir lavar o cabelo. Cortar umas pontas. Tirar 40 minutos num mês para mim. Como não tenho tido tempo para ir ao ginásio (que falta me tem feito o meu Scape, Deus Meu!) e muito menos para massagens ou tratamentos mais demorados (adorava, mas não dá), ir arranjar umas unhas ou fazer uma hidratação pontualmente sabe-me pela vidinha. 

Vou sempre à Catarina, do Cut by Kate, que já é o "meu" cabeleireiro em Santarém. Boa pinta, gente simpática, óptimos produtos (para grávidas e para quem está a amamentar, há imensa oferta!, com produtos naturais), e excelentes profissionais. 

Quando foi a última vez que cuidaram de vocês? 
Não percam essa vontade. Pode estar a fazer-vos falta. Pode ser aquele cafuné que vos dá força para mais uma semaninha de más noites e que vos faz sentir: "eu também cá estou".















Fotografias no dia desta sessão em Santarém - The Love Project

Madeixas louras, ondas, maquilhagem - Cut by Kate

 
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Adeus gastro do demo!

Foi, tirando a pneumonia que a Isabel teve com 9 meses, a doença mais prolongada cá em casa. Nunca tinha visto a Luisinha assim: sem forças, adormecia no chão (às vezes, o único sítio onde se sentia bem), completamente derrotada. Um dó. Foi uma gastro que, felizmente, (ainda) não apanhou mais ninguém cá em casa. Ao menos isso.

Hoje dormimos, eu e ela, quatro horas de sesta, tal era a necessidade que tínhamos de descansar, depois de 8 dias de sofrimento. Roupas atrás de roupas, banhos e mais banhos, colo, muito colo, medo da desidratação, duas idas ao hospital, três médicos e eis que finalmente estamos a ter tréguas. 
Safou-nos a mama, única coisa que o corpo dela ia aceitando, às vezes, sem vomitar [sem ela teria certamente ficado a soro, porque não aceitava o soro oral, nem mais nada]. Foram dias cansativos, de preocupação.

Já passou. Voltar a vê-la em pé foi bom. Voltar a ver aquele sorriso, com os olhos, com o corpo todo, uma maravilha. Vê-la comer uma canjinha então... bom, mas bom. Amanhã ainda não vai à escola, irá segunda feira.

Estamos de volta.

{as melhoras para os doentinhos desse lado}


Uma publicação partilhada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a



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10.23.2017

Quando mudá-los da cama de grades para uma cama "de crescido"?

É uma daquelas dúvidas que se instala a determinada altura. Tenho uma amiga que arriscou para logo voltar a colocar a filha numa cama de grades - correu muito mal, era ali que a miúda se sentia protegida, não estava preparada e tornou-se um tormento para a adormecer e durante a noite acordava desorientada.

Eu decidi arriscar quando a Isabel tinha ano e meio (o sono da Isabel: já não aguentava mais), influenciada - e ainda bem - pela Joana Gama (ela estava cheia de nódoas negras), que uns 15 dias antes tinha experimentado com a Irene e que explica neste post -  Ela dorme no chão - as vantagens da cama montessoriana.

Correu muitíssimo bem. Na altura pusemos o colchão directamente sobre o chão, de forma provisória. Quando mudámos de casa, acabámos por meter um estrado no chão e o colchão, já de corpo e meio, por cima. Para que ambos respirassem melhor - agora o estrado fica a uns cms do chão - e para que o quarto ficasse mais acolhedor, encomendámos esta caminha linda em forma de casa(aqui). 



Para mim, faz sentido esta abordagem (com ou sem cama de casinha), sinto que nos ajudou imenso na hora de a adormecer, tornando-a mais prazenteira, ela passou a dormir melhor, com mais espaço, e também segura - se cair, a mazela não será grande (só aconteceu uma vez e tinha almofada no chão). Deu-lhe ali um clique qualquer de "menina crescida" e raramente nos fez visitas ao quarto, como costumam perguntar [quando faz são bem-vindas, desde que não acorde a irmã rrrrrrr]. 

Por isso, nada como experimentarem. Há quem aconselhe a ter as duas camas em simultâneo no quarto e esperar que a criança se acostume à ideia e queira ser ela a mudar, depois de lhe irmos mostrando as vantagens e incentivando. Se tiverem espaço no quarto, por que não? 

Há pediatras que dizem não haver calendário, mas sim olhar para a maturidade física e psíquica da criança e consideram também estes factores: saber andar; conseguir subir e descer da cama sem dificuldades ou então caso saltassem, dançassem, segurando-se nas grades da cama ou já medissem mais de 80 cms. [sinceramente não sei se tem de haver estas condições reunidas necessariamente - há pessoas que optam mesmo por uma cama no chão em vez de cama de grades, ainda o bebé não tem um ano...]. 

Connosco foi assim.







Mais info sobre o quarto/decoração:
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10.22.2017

Tenho saudades tuas, mãe

[A carta que sonho que me escrevas, filha]

Tenho saudades tuas, mãe
Saudades daqueles tempos em que me passavas a mão pelo cabelo até eu adormecer. Ou de quando me fazias cócegas com beijos nos pés. De quando me lias histórias, à noite. Às vezes pedia-te só mais uma, para continuar a ouvir o som da tua voz, calma e alegre. Do teu cheiro inconfundível. Deixaste de pôr perfume quando eu nasci, quando muito usavas o meu, por isso ainda hoje sei de cor a que cheira aquela camisola creme de lã que usavas quando me pegavas ao colo.

Tenho saudades, mãe
De quando tudo era uma festa. Vestíamos um casaco quente e íamos à rua pisar as folhas amarelas. Cantávamos uma música inventada no momento nas nossas viagens de carro. Tudo era permitido. Misturar numa frase "pão" com "balão", para rimar. Rias-te, rias-te bem alto. E eu fazia a minha melhor careta só para te ver feliz.

Tenho saudades, mãe
De quando me deixavas pintar-te a ponta do nariz com a tinta vermelha e nem sequer ralhavas comigo. De quando me ajudavas a fazer bonecos com plasticina que improvisaste no momento. De quando os fins-de-semana não acabavam nunca, entre livros, cambalhotas no colchão e bolas de sabão.

Tenho saudades, mãe
Até de quando ralhavas comigo. Porque até aí eu vi uns olhos meigos, que me queriam bem. Nunca senti raiva vinda de ti. Só amor. Sinto saudades até dos momentos em que fiquei doente, para poder estar no conforto do teu colo horas a fio.

Tenho tantas saudades, mãe
De olhar os passarinhos com a maior das alegrias e de ver em ti a mesma satisfação por me mostrares o mundo. De quando me deixavas saltar nas poças de água e até saltaste comigo. De quando me deixavas ajudar-te a fazer o jantar.

Oh mãe, tenho saudades
Da nossa cumplicidade, do nosso apego, das horas que tardavam enquanto não nos reencontrássemos. Quando me ias buscar à escola, mostrava-te que estava feliz, mas nada, nada me deixava mais feliz do que ver-te. Sabia que as próximas horas iam ser nossas.

Tenho saudades tuas, mãe, e daqueles primeiros anos da minha vida. E dos que se seguiram.

Tu não sabes, mas eu lembro-me de tudo. Ficou-me gravado no peito, na pele e em tudo aquilo que eu sou hoje. Mesmo quando te vi errar, mostraste-me o que era real e humano. Um dia vi-te chorar e, assim que me viste, limpaste as lágrimas. Ali, a reergueres-te, por mim.

E tu sempre achaste que não estavas a dar tudo, sempre te culpabilizaste, sempre quiseste ser mais. Mãe, garanto-te que não podias ser mais. Foste tudo. Ainda o és, por detrás dessas rugas e dessas mãos de veias em socalco, por onde corre o sangue de toda uma vida. Tenho tantas saudades, mãe.

Da tua filha, Isabel
2055


Fotografia: CV Love
#repost
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Oh por favor!

A sério que esta "supétendência" tinha de chegar até aos sapatinhos de criança?...


Eu não sou grande entendida nesta matéria (fashion expertise - nível zero) e naturalmente que gostos não se discutem - o que seria do amarelo, não é verdade? - mas a sério? A sério?  

Bem, às tantas faz-me tanta confusão como faz à Joana Gama eu calçar carneiras às minhas filhas, mas fará sentido termos crianças calçadas neste outono/inverno com sandálias com pêlo? Quem diz nesta estação diz em qualquer uma (blecccc), mas até que ponto fará sentido aquele calcanharzinho ou aqueles deditos ali despidos (mesmo que com meias..., coisa mai'linda)?
Eu respondo à minha pergunta: não, não faz. 
E é bonito? Não, não é.

E que mais não é bonito, que muito vi por aí este verão? A chanata de pêlo. Para andar na rua. Na. Na. Na. 3 vezes não.




Isto também não é bonito e custa 125 euros.
 Ah, mas estes, como são Gucci, sim senhor. Custam 680.
 

Mas confesso, gostava que me oferecessem estes:

Para os vender! Custam quase 800 euros ou o que é.
Não tarda vão parar cópias aos Alliexpress desta vida, não se apoquentem. 
Ficam realmente bem com tudo.😂


Agora, de tanto os ver já me começam a parecer mais aceitáveis, palavra. 
Não, não consigo gostar. Como disse o Xico Esperto no instagram a propósito dos da namorada, Inês Mocho, que me fez rir: "parece o cabeleireiro que levou os chanatos para o trabalho e ficou com tufos agarrados". 

Piores (só) estes:

Disseram, a gozar, que seriam inspirados no Trump.

Ai, senhores, que tenho de ir lavar as vistas rapidamente. A sério.  

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